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No artigo anterior falamos de trabalho remoto e nele mostramos ao final do artigo que, para ser bem-sucedido, é necessário que a organização foque nos processos e na plataforma tecnológica a ser usada.
Portanto, seguindo nessa mesma linha, vamos neste artigo falar sobre essa plataforma tecnológica que não só possibilita o trabalho remoto mas traz um conceito ainda mais amplo, centrado nos avanços que a tecnologia atual possibilita. Esse conceito é conhecido como Ambiente de Trabalho Digital (ATD) ou, do inglês, “Digital Workplace”.
O conceito de ATD não é novo também. Nicholas Negroponte, em seu livro “A Vida Digital” (Being Digital) de 1995, afirmava que a tecnologia iria possibilitar a dependência cada vez menor em se estar fisicamente em um determinado lugar e em uma determinada hora, ao invés disso a transmissão do lugar se tornaria possível, ou seja, é como se transmitíssemos as sensações do lugar onde deveríamos estar para o lugar onde estamos. Entretanto, no livro ele não usa o termo ADT, e o mesmo surgiu por volta de 2009 quando vários líderes da indústria começaram a explorar conceitos que iam além da intranet (uso da internet dentro das empresas) numa tentativa de dar diferenciação às suas soluções de intranet. O termo ganhou força em 2012 com o livro “The Digital Renaissance of Work: Delivering digital workplaces fit for the future” de Paul Miller e Elizabeth Marsh.
É importante entender que o conceito ATD vem evoluindo desde sua introdução em 2009-2012 em função dos avanços tecnológicos. No presente momento, 4 fatores contribuem em muito para a aceleração do ADT:
Um estudo recente nos países avançados revela que 80% dos trabalhadores gastam uma parte do seu tempo trabalhando fora do escritório, e que 29% da força de trabalho global é do tipo “qualquer hora, em qualquer lugar” sendo chamados de trabalhadores da informação e possuindo 3 ou mais dispositivos em mais de um local, bem como uma multiplicidade de aplicativos. Outro fato relevante para a composição do cenário e que contribui para a materialização do ADT, hoje mais do que nunca, é a mobilidade. Hoje existem mais de 1.8 bilhões de “smartphones” e mais de dois terços (2/3) das pessoas utilizam esses dispositivos para obter todo tipo de informação.
E por que adotar ATD? Porque ele pode habilitar as organizações a se tornarem mais ágeis num momento em que a inovação é um dos principais fatores de diferenciação e competitividade. Além disso, permite o acesso às informações, pessoas e processos de forma segura, rápida e eficaz de qualquer lugar e a qualquer momento. E, por fim, traz de fato resultados positivos como ilustrado nos exemplos públicos abaixo:
Esses são apenas alguns exemplos públicos do universo Microsoft onde trabalhei por muitos anos, entretanto, as principais consultorias de padrão internacional (Deloitte, Accenture, McKinsey, PwC e outras) possuem dezenas de casos para ilustrar os benefícios do ATD.
Num momento onde a produtividade é cobrada dos cartórios, a adoção de ATD pode ser uma alternativa para atender as demandas de produtividade. E alguns cartórios já adotaram abordagens que fazem parte de conceito ATD. Em recente visita ao 1º Registro de Imóveis, Títulos e Documentos e Civil de Pessoa Jurídica de São José dos Campos, fiquei impressionado com o ambiente de trabalho que muito se aproxima a um verdadeiro Ambiente de Trabalho Digital.
O conceito ATD como mencionado no início é amplo e envolve, mais do que aspectos tecnológicos, uma boa estratégia para produzir os resultados esperados. Entre em contato com a SiplanControl-M que teremos imenso prazer em explorar esse tema em maior profundidade e ver como o mesmo pode ser aplicado ao seu cartório.
Autor: Carlos Hulot
É graduado em Física pela Universidade de São Paulo e possui título de Ph.D. em Ciência da Computação e Eletrônica pela Universidade de Southampton no Reino Unido. Ele atua na indústria de tecnologia há quase 30 anos, tendo passagens por empresas como Royal Philips Eletrocnics, PricewaterhouseCoopers, Itaú e Microsoft, além de ter participado de várias startups. A sua experiência profissional é bem diversificada, incluindo atuações em desenvolvimento de sistemas de software, gestão de projetos, gestão de produtos e marketing. É Diretor de Sistemas e Produtos da SiplanControl-M – empresa especializada em soluções tecnológicas para cartórios. carlos.hulot@spcm.com.br