Caso Neymar: Quando um print do WhatsApp pode virar prova na Justiça?

Caso Neymar: Quando um print do WhatsApp pode virar prova na Justiça?

7 de junho de 2019
Notícias

Tempo estimado de leitura: 3 minuto(s)

A acusação de estupro envolvendo o jogador Neymar é o centro de uma guerra de versões. As investigações estão em andamento, mas a tentativa de defesa feita pelo atacante na internet agravou ainda mais o caso ao expor prints de conversas trocadas pelo WhatsApp entre ele e a mulher que o acusa. No meio de toda a confusão, surgiram algumas dúvidas: será que conversas por meio de aplicativos podem servir como provas de um crime ou na defesa contra alguma acusação?

Em geral, as cópias das conversas online podem servir em processos na Justiça. Por isso, tanto Neymar quanto a suposta vítima podem levar os prints das conversas ao Tribunal se quiserem. Mas, para as provas terem uma força maior, alguns advogados recomendam que as imagens passem por um processo de validação em cartório, na chamada ata notarial. Isso tudo porque alguns juízes podem questionar a veracidade dos prints, já que eles podem ter sofrido algum tipo de edição de imagem. Ao solicitar a ata notarial, o tabelião do cartório confirma se as cópias das conversas são verdadeiras. É como se ele emitisse um certificado de que os prints são reais e não sofreram alterações. 

 

 

Como fazer o levantamento correto de provas?

O caso Neymar é um dos exemplos de como uma prática online pode ser usada como prova na Justiça. Mas a mesma coisa pode ser feita, por exemplo, se você for xingado(a) no Facebook ou em qualquer outra plataforma online. Além do processo na justiça que pode ser aberto contra a pessoa que praticou a ação, ofensas feitas na internet ainda podem ser configuradas como crimes contra a honra (difamação, calúnia e injúria). Nos dois casos, é fundamental coletar o maior número possível de provas. Faça prints da tela (ou telas) e salve as URLs (endereço das páginas na internet) se for possível. Salve todos os arquivos em um local seguro. Não se esqueça das cópias de segurança dos documento. Em qualquer eventualidade, você ainda conseguirá comprovar a sua história com eles em mãos. Depois de tudo isso, vá até um cartório para fazer a ata notarial. Em seguida, registre o boletim de ocorrência em uma delegacia comum ou de crimes cibernéticos. Procure também ajuda de um advogado especializado.

Fonte:
Bruna Souza Cruz
Do UOL, em São Paulo
05/06/2019 15h54
https://noticias.uol.com.br/tecnologia/noticias/redacao/2019/06/05/caso-neymar-quando-um-print-do-whatsapp-pode-virar-prova-na-justica.htm

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