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Apesar de necessários em tantas ocasiões de nossas vidas, os cartórios, suas características, funções e rotinas ainda são muito desconhecidos pela população.
São mitos ou crenças errôneas que as pessoas repetem por ouvir sempre falar e, pela falta de familiaridade com o tema, acabam não se dando conta de que, na verdade, as coisas são mais simples e coerentes do que imaginam!
Quem atua em cartório já deve ter ouvido muitas vezes coisas como: “donos de cartórios são sempre ricos”, “é muita burocracia”, ou mesmo “cartório é negócio de família, é só herdar”.
Neste artigo, vamos desmistificar alguns desses principais equívocos para que você compartilhe com seu público, em suas redes sociais, blogs ou até mesmo disponibilize impressões físicas para esclarecer esses pontos e informar as pessoas que precisam dos seus serviços.
Mito 1: Os cartórios são sustentados pelos nossos impostos
Por fornecer serviços essenciais a todo cidadão, essa confusão pode acontecer. Porém, o estado não remunera cartórios.
Na realidade, cartórios são sustentados pelos seus serviços prestados à população, já que são entes públicos com delegação exercida em caráter privado. Outro equívoco relacionado a esse é o mito de que os cartórios não pagam impostos. Como qualquer negócio ou pessoa física, o Imposto de Renda é pago pelo titular do cartório seguindo as regras definidas pela Receita Federal.
Além disso, grande parte de sua receita bruta precisa ser repassada para órgãos públicos, como o Tribunais de Justiça, Ministério Público e Defensoria Pública.
Mito 2: É muita burocracia!
Talvez essa seja a crença mais arraigada na mente das pessoas. É muito comum que se acredite no fato de que todos os procedimentos feitos em cartórios são sempre demorados e com exigência de uma lista extensa de documentos.
Mas o que acontece é que não é o cartório que deseja te dar trabalho! Um cartório precisa seguir procedimentos e regulamentos determinados para seguir com suas atividades com total responsabilidade, sendo fiscalizados pelo Poder Judiciário.
Cada etapa é necessária por um motivo, possibilitando a segurança jurídica de todos os envolvidos. É um meio de poder ter a certeza de que tudo ocorra da maneira certa e saber que ninguém será lesado.
Mito 3: Os cartórios passam de pai para filho, ficando sempre na família
Isso não poderia estar mais equivocado! Desde 1988, está na Constituição que, para ser titular de um cartório, é obrigatório prestar e ser aprovado em um concorrido concurso público.
São concursos dificílimos que exigem muito estudo e dedicação de quem pretende seguir essa ocupação.
Quando ocorre de um cartório perder seu titular (ex: falecimento, aposentadoria etc.), uma pessoa é designada pelo Poder Judiciário para assumir o seu lugar na gestão temporariamente, até que haja um próximo concurso e um novo titular tome posse do cartório.
Mito 4: Donos de cartórios são sempre ricos
Ao contrário do que se pode imaginar, a gestão de um cartório precisa de muito planejamento financeiro. Assim como qualquer empreendimento, os gastos para manter as atividades são diversos.
De sua receita bruta, depois de feito os repasses das parcelas aos órgãos públicos, o titular do cartório precisa arcar com gastos comuns a qualquer empresa, tais como os salários da equipe, férias, 13º, aluguel, água, luz, internet, além dos equipamentos necessários para garantir o funcionamento com eficiência. E, sobre o valor que sobrar, ainda recolher 27,5% ao Imposto de Renda.
Não há qualquer garantia de se receber uma receita superior apenas por estar inserido nesse tipo de atividade.
Mito 5: Os preços dos serviços prestados dos cartórios são muito altos
Não há a possibilidade de um cartório elevar seus preços apenas para lucro próprio. Todos os valores de qualquer tipo de serviço prestado podem sofrer reajustes, porém, eles são tabelados, segundo o valor do negócio jurídico base ou de acordo com cada serviço isoladamente.
As regras sobre esses valores são determinadas pela Lei Federal nº 10.169/00. Caso uma pessoa se sinta lesada ou injustiçada, é possível encaminhar o caso para o Poder Judiciário, que pode determinar o ressarcimento do valor se houver a comprovação de cobrança indevida.
Mito 6: O atendimento é muito demorado e vou enfrentar filas
Em muitos casos, o fluxo de pessoas realmente é grande, já que os serviços de cartório são essenciais. Porém essa realidade está mudando.
Com a tecnologia se aprimorando cada vez mais, os cartórios estão tomando medidas para remediar esse problema e agilizar seus atendimentos com eficiência.
Existem muitas soluções tecnológicas especializadas em cartório que podem otimizar, não apenas o atendimento, como a organização e gestão dos cartórios, tornando, assim, a experiência do público muito mais agradável e rápida.
Inclusive, muitas solicitações, serviços e seus acompanhamentos podem ser feitos totalmente online. A SiplanControl-M, por exemplo, é especializada em oferecer essas soluções, oferecendo uma ampla diversidade de softwares e ferramentas especificamente para cartórios.
Se você gostou deste conteúdo, não esqueça de compartilhar com seu público e continuar visitando o blog da SiplanControl-M!
Fontes consultadas:
Colégio Notarial do Brasil: https://bit.ly/2QQ28Ls
Cartório do 2º Tabelião de Notas de São Paulo: https://bit.ly/3bpEWNH
Anoreg: https://bit.ly/3jNyqTN